domingo, 14 de janeiro de 2007

Conto Meu Herói II

Meu Herói II
NiceiaK
Acordei tarde, meu cãozinho desesperado pra ir lá fora, latia sem parar.
Desligo o alarme, abro a porta e ele corre para o gramado fazer seu pipi.
Estou ocupada na cozinha, preparando meu café, quando percebo que o Pequeno, assim é o nome de meu cãozinho, um neurótico cocker dourado, começa a percorrer todo o quintal, latindo e cheirando.O que será que ele está caçando?
Fui ver, eram os passarinhos que tiravam uma rasante de sua cabeça. Tudo bem, afinal os passarinhos são bem mais espertos.
Volto pra cozinha e recomeço meu ritual matinal e o Pequeno fica ao meu redor, querendo um pedaço de pão com manteiga.O Pequeno é um cão insistente, chato eu diria.
E assim sem muita paciência e querendo curtir minha preguiça, sossegada, dei-lhe uma ordem : “ Vá pegar o rato!!"
Não sei como ele aprendeu que existem ratos. Só sei que ele saiu em disparada para o quintal, cheirando cada cantinho.
Estou lá na cozinha e ouço o latido insistente do Pequeno para debaixo da máquina de secar roupas.Me aproximo, dou-lhe ordem para ficar quieto, mas que nada, ele continua latindo, cheirando e arranhando a máquina .
Fico desconfiada que há algo estranho por ali. Será uma caranguejeira? Uma lagartixa? O que será?
Coloco meus óculos, me agacho até o chão, deito cuidadosamente para ver para que tanto ele late..Percebo algo avermelhado, amarronzado logo ali.
Começo a me afastar lentamente, me levanto e arrepiada , fico pensando:"Será um sapo? Mas por onde o sapo teria entrado, se todos os ralos tem uma telinha protetora?Será um lagarto que veio das árvores do vizinho? Mas lagarto não é vermelho....
Assim pensando e sem coragem de me aproximar novamente da máquina, tive a idéia de chamar por meu filho André, que mora há quatro casas distante da minha
.Cinco minutos depois André chegou .
Tranquei o Pequeno dentro de casa e lá fomos nós afugentar aquela coisa vermelho-amarronzada.
.Eu fiquei numa distância segura e pronta pra correr em caso de ataque daquela coisa.
O Andre se abaixou olhou, pegou um cabo de vassoura e disse:
-"Mãe venha ver o que é!
-"eu lá de longe respondia; "André cuidado pra não se machucar".
E André insistia; “Vem mãe, chega aqui"
- Eu tenho medo. Nossa Senhora te proteja, filhinho querido.Você é muito corajoso.
- "Mãe deixe de ser medrosa e veja, já tirei a coisa debaixo da máquina!
Tá bom eu vou. Mas fique longe você também.
Fui me aproximando e vi, uma meia vermelha toda amassada.
E meu filho gargalhando me dizia:
-“ Mãe é melhor ir ao oculista “.
Depois de todo este suspense: Calvin que até então acompanhava tudo em silêncio, abocanhou a meia e se retirou para um cantinho e cuidou dela o dia inteiro. Convencido de que o herói é sempre ele. posted by Grandes Amores

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi. Ni, seu herói continua firme.
Ladrão não é com ele...Bye. delfa

Anônimo disse...

Oi. Ni, seu herói continua firme.
Ladrão não é com ele...Bye. delfa