domingo, 14 de janeiro de 2007

Conto Ai lili, Ai lili, Ai lô

Conto de outrora
NiceiaK


"Ai lili,
ai lili,
ai lô
Eu vivo a vida cantando
e nestas voltas eu vou
cantando a cançao feliz que diz,
Ai lili, ai lii, ai lô."
Minhas amigas e meus amigos, não pensem que sou tão antiga assim, como esta canção.
Acontece que na pequena cidade, do interior de S. Paulo, Acrópolis, onde nasci e "quase cresci", tudo acontecia muitos anos defasado no tempo.
A televisão já havia sido inventada, mas em Acrópolis , só se ouvia dizer. O sinal nao chegava lá. Era coisa de cidade grande.Tínhamos o rádio, mas só pegava as emissoras da redondeza, que por sua vez, penso eu, comprava antigos programas e repetiam sua transmissão, como se novidades fossem.
Como eu era criança, 5 anos talvez, nem sabia da existência de tempos mais modernos, e para mim estava ótimo.L embro-me desta música, por causa de uma menina, minha vizinha, que fazia ballet.
A roupa dela era feita de papel crepon, bem armada.Usando sapatilhas , rodopiava ao som de "Ai lili, ai lili, ai lô" e eu ficava babando com aquela maravilha
E longe dos olhos de todo mundo, para não parecer invejosa, colocava minha saia mais rodada, e girando, girando e girando , eu cantava "ai lili, ai llii, ai lô ".
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