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Delfa te gosto muito, sou tua fã.
um beijo da tua irmã Niceiak
Memórias de Paris...
Era um sexta-feira, o dia estava agradável; maio é muito agradável na França. Depois de participar de uma reunião no Hotel em Port d”Orleans, nos dirigimos de metrô até Gare du nord e então a pé ate a Sacre Coeur. Interessante a reação de um policial, quando pedi informações sobre a direção a seguir...”En marchand? Mon Dieu!”
Fomos caminhando, sem pressa , pelas ruas, que muito me lembravam o centro de São Paulo antigo, guardadas as proporções. Orientais na sua maioria, nigerianos vestidos a caráter com muita gente pelas calçadas, algumas apressadas, a maioria, porém, despreocupada, num linguajar complexo, como uma torre de babel.
Quando nos aproximávamos da Sacre Coeur, o rítmo de transeuntes diminuiu e pudemos vislumbrar a magestosa Igreja, com o encanto de seus jardins...era a visão do Éden. Descansamos um pouco e logo retomamos nossa caminhada, agora contornando os canteiros, suas árvores, flores, gramado, em direção à igreja, galgando a escadaria, que parecia não ter fim.
Depois de participar de uma celebração , fomos caminhando nas ruas que saem à direita da igreja, passando por pequenos bares, restaurantes, lojinhas de souvenirs, tudo muito delicado e diferenciado.
Que encanto de rua ! Os prédios antigos, com flores nas janelas, portas rentes à calçada, pareciam me convidar a entrar... tive uma vontade enorme de me sentar no meio-fio e ficar horas e horas olhando, e sonhando, e imaginando como seria a vida das pessoas naqueles apartamentos...como tanta beleza sobreviveu à guerra...Se eu pudesse , escolheria aquela rua para viver eternamente, levaria para lá toda minha família,..pois sem ela, nada seria tão maravilhoso...
Logo mais adiante encontramos uma jovem senhora, grávida, a quem pedimos informações, e novamente a expressão “Oh mon Dieu, em marchand”? Bone journée...
E lá fomos nós, sem pressa, bebendo com o olhar tanta beleza, para nunca mais esquecer, gravando na memória cada esquina, cada doceria , com suas vitrines artísticas , parecendo um sonho...
Olhamos no relógio...20,00h... no Brasil cinco horas mais cedo...o sol ainda brilhava e tínhamos ainda muito tempo até escurecer e chegar ao Hotel em La Villette...pombos nas praças, crianças, não muitas, mas muito bem tratadas, com suas mães ou babás , voltando para suas casas, num entardecer ameno, pessoas levando baguetes em sacos de papel, lembravam-me a minha infância, qdo buscava, muito longe, o nosso pão do café da tarde..., pois o padeiro, com sua carrocinha só passava pela manhã...Saudades...
Perdemos o horário do jantar... tomamos um lanche...nem precisava... a alma inebriada já estava alimentada...
Delfina Alexandrino Munhoz
minha irmã que teve 4 filhos todos de muito sucesso pessoal e profissional. Corajosa, culta, perseguidora de seus ideiais. Vencedora em tudo que se propõe a fazer.
Seu Maridão o Milton Munhoz, outro grande batalhador, é Fera! é o grande incentivador dos projetos da família toda. Um grande contador de causos.
Parabéns a ambos.
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