Outono
nk
Agora as folhas
caem mansamente
Nem as azaleas
florescem mais
O gramado coberto
de folhas amareladas,
marcam a passagem do tempo.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
segunda-feira, 23 de abril de 2007
ANNYEONG HASEYO (olá)
Quando ensinava ao meu filhinho
seus primeiros passos, nao imaginava que ele caminharia, pra tâo longe.
seus primeiros passos, nao imaginava que ele caminharia, pra tâo longe.
Oi mae, cheguei na Korea ontem a noite. A viagem foi bem tranquila.As pessoas aqui sao muito educadas e alegres. A cidade e enorme.
Vou explorar um pouco hoje.
Amanha ja vamos trabalhar.Te escrevo de novo com fotos e noticias.
Beijos,-Christian
sábado, 21 de abril de 2007
Memórias de Paris...
Esta crônica foi gentilmente cedida por minha irmã Delfina, que esteve em Paris no ano passado.
Delfa te gosto muito, sou tua fã.
um beijo da tua irmã Niceiak
Memórias de Paris...
Era um sexta-feira, o dia estava agradável; maio é muito agradável na França. Depois de participar de uma reunião no Hotel em Port d”Orleans, nos dirigimos de metrô até Gare du nord e então a pé ate a Sacre Coeur. Interessante a reação de um policial, quando pedi informações sobre a direção a seguir...”En marchand? Mon Dieu!”
Fomos caminhando, sem pressa , pelas ruas, que muito me lembravam o centro de São Paulo antigo, guardadas as proporções. Orientais na sua maioria, nigerianos vestidos a caráter com muita gente pelas calçadas, algumas apressadas, a maioria, porém, despreocupada, num linguajar complexo, como uma torre de babel.
Quando nos aproximávamos da Sacre Coeur, o rítmo de transeuntes diminuiu e pudemos vislumbrar a magestosa Igreja, com o encanto de seus jardins...era a visão do Éden. Descansamos um pouco e logo retomamos nossa caminhada, agora contornando os canteiros, suas árvores, flores, gramado, em direção à igreja, galgando a escadaria, que parecia não ter fim.
Depois de participar de uma celebração , fomos caminhando nas ruas que saem à direita da igreja, passando por pequenos bares, restaurantes, lojinhas de souvenirs, tudo muito delicado e diferenciado.
Que encanto de rua ! Os prédios antigos, com flores nas janelas, portas rentes à calçada, pareciam me convidar a entrar... tive uma vontade enorme de me sentar no meio-fio e ficar horas e horas olhando, e sonhando, e imaginando como seria a vida das pessoas naqueles apartamentos...como tanta beleza sobreviveu à guerra...Se eu pudesse , escolheria aquela rua para viver eternamente, levaria para lá toda minha família,..pois sem ela, nada seria tão maravilhoso...
Logo mais adiante encontramos uma jovem senhora, grávida, a quem pedimos informações, e novamente a expressão “Oh mon Dieu, em marchand”? Bone journée...
E lá fomos nós, sem pressa, bebendo com o olhar tanta beleza, para nunca mais esquecer, gravando na memória cada esquina, cada doceria , com suas vitrines artísticas , parecendo um sonho...
Olhamos no relógio...20,00h... no Brasil cinco horas mais cedo...o sol ainda brilhava e tínhamos ainda muito tempo até escurecer e chegar ao Hotel em La Villette...pombos nas praças, crianças, não muitas, mas muito bem tratadas, com suas mães ou babás , voltando para suas casas, num entardecer ameno, pessoas levando baguetes em sacos de papel, lembravam-me a minha infância, qdo buscava, muito longe, o nosso pão do café da tarde..., pois o padeiro, com sua carrocinha só passava pela manhã...Saudades...
Perdemos o horário do jantar... tomamos um lanche...nem precisava... a alma inebriada já estava alimentada...
Delfina Alexandrino Munhoz
minha irmã que teve 4 filhos todos de muito sucesso pessoal e profissional. Corajosa, culta, perseguidora de seus ideiais. Vencedora em tudo que se propõe a fazer.
Seu Maridão o Milton Munhoz, outro grande batalhador, é Fera! é o grande incentivador dos projetos da família toda. Um grande contador de causos.
Parabéns a ambos.
Delfa te gosto muito, sou tua fã.
um beijo da tua irmã Niceiak
Memórias de Paris...
Era um sexta-feira, o dia estava agradável; maio é muito agradável na França. Depois de participar de uma reunião no Hotel em Port d”Orleans, nos dirigimos de metrô até Gare du nord e então a pé ate a Sacre Coeur. Interessante a reação de um policial, quando pedi informações sobre a direção a seguir...”En marchand? Mon Dieu!”
Fomos caminhando, sem pressa , pelas ruas, que muito me lembravam o centro de São Paulo antigo, guardadas as proporções. Orientais na sua maioria, nigerianos vestidos a caráter com muita gente pelas calçadas, algumas apressadas, a maioria, porém, despreocupada, num linguajar complexo, como uma torre de babel.
Quando nos aproximávamos da Sacre Coeur, o rítmo de transeuntes diminuiu e pudemos vislumbrar a magestosa Igreja, com o encanto de seus jardins...era a visão do Éden. Descansamos um pouco e logo retomamos nossa caminhada, agora contornando os canteiros, suas árvores, flores, gramado, em direção à igreja, galgando a escadaria, que parecia não ter fim.
Depois de participar de uma celebração , fomos caminhando nas ruas que saem à direita da igreja, passando por pequenos bares, restaurantes, lojinhas de souvenirs, tudo muito delicado e diferenciado.
Que encanto de rua ! Os prédios antigos, com flores nas janelas, portas rentes à calçada, pareciam me convidar a entrar... tive uma vontade enorme de me sentar no meio-fio e ficar horas e horas olhando, e sonhando, e imaginando como seria a vida das pessoas naqueles apartamentos...como tanta beleza sobreviveu à guerra...Se eu pudesse , escolheria aquela rua para viver eternamente, levaria para lá toda minha família,..pois sem ela, nada seria tão maravilhoso...
Logo mais adiante encontramos uma jovem senhora, grávida, a quem pedimos informações, e novamente a expressão “Oh mon Dieu, em marchand”? Bone journée...
E lá fomos nós, sem pressa, bebendo com o olhar tanta beleza, para nunca mais esquecer, gravando na memória cada esquina, cada doceria , com suas vitrines artísticas , parecendo um sonho...
Olhamos no relógio...20,00h... no Brasil cinco horas mais cedo...o sol ainda brilhava e tínhamos ainda muito tempo até escurecer e chegar ao Hotel em La Villette...pombos nas praças, crianças, não muitas, mas muito bem tratadas, com suas mães ou babás , voltando para suas casas, num entardecer ameno, pessoas levando baguetes em sacos de papel, lembravam-me a minha infância, qdo buscava, muito longe, o nosso pão do café da tarde..., pois o padeiro, com sua carrocinha só passava pela manhã...Saudades...
Perdemos o horário do jantar... tomamos um lanche...nem precisava... a alma inebriada já estava alimentada...
Delfina Alexandrino Munhoz
minha irmã que teve 4 filhos todos de muito sucesso pessoal e profissional. Corajosa, culta, perseguidora de seus ideiais. Vencedora em tudo que se propõe a fazer.
Seu Maridão o Milton Munhoz, outro grande batalhador, é Fera! é o grande incentivador dos projetos da família toda. Um grande contador de causos.
Parabéns a ambos.
quinta-feira, 12 de abril de 2007
Give a break..........
"Autumn moonlight—
a worm digs silently
into the chestnut."
(In: The Essential Haiku, 1994)
Lua de outono
—uma minhoca cava silenciosamente
dentro da castanha
============
Winter bareness—
============
Winter bareness—
little birds seeking foodin
the patch of green onions."
(In: Haiku Master Buson, 1978)
Aridez do inverno—
passarinhos buscando comida
no canteiro de cebolinhas.
Don´t worry,
spiders,
I keep house casually."
(In: The Essential Haiku, 1994)
Não se preocupem, aranhas,
Eu limpo a casa
casualmente.
"A huge frog and I,
staring at each other,
neither of us moves."
(In: The Essential Haiku, 1994)
Um enorme sapo e eu,
olhando um ao outro,
nenhum de nós se mexe.
+++++++++++++++++++++++++++++
Haikai by NiceiaK
Lá em cima
daquele morro
tem um pé de bananeira
se queres casar comigo
caranguejo nao
tem pescoço
Arco íris
Niceiak
guardar sua lembrança
como um relicário
me castiga, me dói.
Mas a lembrança
é pura poesia
que está além de mim.
Tenho medo
de partir de repente
e deixar sua imagem
sua energia, seu amor
numa página em branco
numa vida sem cor.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Louca
LoUcA
niceiak
Nem ouse me decifrar
nao procure nas palavras
o lamento de minha alma
Sou o reverso do verso
Sou inconsequente,
sou dúbia
sou mentirosa
sou dúbia
sou mentirosa
sou louca
por voce.
primavera
sábado, 7 de abril de 2007
Riders in the sky
Jorge I miss you very much. Today I spent all time enjoying Johnny Cash, just as like we used to do. I felt you as like you still here up to this time.
Quando assisti Motoqueiro Fantasma, na cena que ele atravessa o deserto, ao som da música "Ghost riders in the Sky”, imediatamente lembrei-me de voce que adorava Johnny Cash..
Assisti também “The man in Black”, filme que conta a vida de Johnny Cash e suas lindas cançoes. Voce iria adorar e eu curti por nós dois.
sexta-feira, 23 de março de 2007
Deletáveis memórias
Peguei as fotografias
da memória esquecidas,
tirei as molduras,
pus na gaveta,arquivei.
Arquivei as
lembranças dos abraços
dos afagos,das viagens-suas paisagens.
As lembranças de nosso tempo,
dos planos de outrora
tudo aquilo que foi vivido,
já com imagens desfocadas,
deletei.
Vou-me embora
curando minhas feridas
sem despedidas, sem retratos,
sem lembranças
em silêncio, recolhida.
da memória esquecidas,
tirei as molduras,
pus na gaveta,arquivei.
Arquivei as
lembranças dos abraços
dos afagos,das viagens-suas paisagens.
As lembranças de nosso tempo,
dos planos de outrora
tudo aquilo que foi vivido,
já com imagens desfocadas,
deletei.
Vou-me embora
curando minhas feridas
sem despedidas, sem retratos,
sem lembranças
em silêncio, recolhida.
NiceiaK
domingo, 11 de março de 2007
Nazareth, a Campeã
NiceiaK
Nazareth, a Campeã :
" homenagem" a Bush e Lula
e ao programa ETANOL
De família nordestina, Nazareth, foi para o interior de São Paulo, levado pelo “gato” para ser bóia fria.
“Gato”, assim eram chamados os homens que iam até o Nordeste atrás de mão de obra semi-escrava para trabalhar nas colheitas de São Paulo.
O gato era sempre um nordestino que conhecia muito bem seus conterrâneos e deles tirava o proveito.
Nazareth trabalhava de fazenda em fazenda, ora cortando cana, ora catando algodão ou amendoim.
Conheci Nazareth, na colônia da fazenda de meu tio de uma maneira muito estranha.
A colônia dos camponeses era formada por várias casinhas muito simples geminadas, caiadas de branco. Na sala um banco de madeira e uma mesa, uma pequena cozinha com fogão a lenha e no único quarto, havia cama e rede para dormir.
Já era noite, quando meu tio foi chamado às pressas para resolver um caso urgente. Acompanhei meu tio que nem notou minha presença.
Quando chegamos na colônia, havia um amontoado de gente na frente da casa de Nazareth, uma senhora ainda muito jovem, recém casada.
Nazareth deitada na rede, gemia e se consorcia de dor. Já haviam dado a ela todos os tipos de chá e nada de melhorar.
Era um espetáculo de horror. Gemia, se arranhava, puxava os cabelos, dava impressão que ia subir pelas paredes.
A luz da lamparina distorcia as imagens dando um ar tétrico ás sombras refletidas nas paredes. As imagens iam se alongando, diminuindo, tremulando naquela penumbra.
E Nazareth continuava se retorcendo gemendo, gritando, quando alguém teve a idéia de ir chamar seu Lindolfo, um sitiante que morava a poucas léguas dali.
Seu Lindolfo, um senhor magrinho de pequena estatura, tinha fama de rezador e era sempre lembrado nos piores momentos.
E lá foi um voluntário montar o cavalo e sair em disparada em busca do Seu Lindolfo.
Não demorou muito, chega seu Lindolfo com uma garrafa com líquido incolor numa das mãos e na outra uma vela.
Pegou Nazareth, sentou-a em uma cadeira e pôs-se a rezar, a esfregar o líquido em seus pulsos e deu para ela cheirar. A vela era para melhor iluminar.
Eu olhava aquilo incrédula! que poder teria aquele homem, com aparência tão frágil, perante os urros de Nazareth?
E vai, e reza, e cheira e esfrega, se benze, e sacode. Não deu outra, nada melhorava seu desespero.
Uns falavam em encosto, outros em fingimento e nada adiantava, Nazareth só piorava.
Horas se passaram, alguns foram dormir, outros ficaram de plantão. Seu Lindolfo entregou os pontos e saiu se desculpando pelo fracasso.
Meu tio obrigou-me a ir embora para a Sede, pois não era lugar, nem hora de criança, apesar dos meus 14 anos, estar por ali.
Fui embora, e fiquei pensando: Será que Nazareth não está abortando? Ou então não estaria com cólicas menstruais? Ou Cólica de rim?
No dia seguinte fico sabendo que depois de tanta reza e chá, chamaram Dona Ester, a parteira, que finalmente pôs fim ao sofrimento de Nazareth.
Era um aborto.
Nazareth grávida de três meses, era campeã no corte de cana, título conquistado na véspera, quando cortara 12 toneladas de cana de açucar e vencera uma dezena de homens.
De família nordestina, Nazareth, foi para o interior de São Paulo, levado pelo “gato” para ser bóia fria.
“Gato”, assim eram chamados os homens que iam até o Nordeste atrás de mão de obra semi-escrava para trabalhar nas colheitas de São Paulo.
O gato era sempre um nordestino que conhecia muito bem seus conterrâneos e deles tirava o proveito.
Nazareth trabalhava de fazenda em fazenda, ora cortando cana, ora catando algodão ou amendoim.
Conheci Nazareth, na colônia da fazenda de meu tio de uma maneira muito estranha.
A colônia dos camponeses era formada por várias casinhas muito simples geminadas, caiadas de branco. Na sala um banco de madeira e uma mesa, uma pequena cozinha com fogão a lenha e no único quarto, havia cama e rede para dormir.
Já era noite, quando meu tio foi chamado às pressas para resolver um caso urgente. Acompanhei meu tio que nem notou minha presença.
Quando chegamos na colônia, havia um amontoado de gente na frente da casa de Nazareth, uma senhora ainda muito jovem, recém casada.
Nazareth deitada na rede, gemia e se consorcia de dor. Já haviam dado a ela todos os tipos de chá e nada de melhorar.
Era um espetáculo de horror. Gemia, se arranhava, puxava os cabelos, dava impressão que ia subir pelas paredes.
A luz da lamparina distorcia as imagens dando um ar tétrico ás sombras refletidas nas paredes. As imagens iam se alongando, diminuindo, tremulando naquela penumbra.
E Nazareth continuava se retorcendo gemendo, gritando, quando alguém teve a idéia de ir chamar seu Lindolfo, um sitiante que morava a poucas léguas dali.
Seu Lindolfo, um senhor magrinho de pequena estatura, tinha fama de rezador e era sempre lembrado nos piores momentos.
E lá foi um voluntário montar o cavalo e sair em disparada em busca do Seu Lindolfo.
Não demorou muito, chega seu Lindolfo com uma garrafa com líquido incolor numa das mãos e na outra uma vela.
Pegou Nazareth, sentou-a em uma cadeira e pôs-se a rezar, a esfregar o líquido em seus pulsos e deu para ela cheirar. A vela era para melhor iluminar.
Eu olhava aquilo incrédula! que poder teria aquele homem, com aparência tão frágil, perante os urros de Nazareth?
E vai, e reza, e cheira e esfrega, se benze, e sacode. Não deu outra, nada melhorava seu desespero.
Uns falavam em encosto, outros em fingimento e nada adiantava, Nazareth só piorava.
Horas se passaram, alguns foram dormir, outros ficaram de plantão. Seu Lindolfo entregou os pontos e saiu se desculpando pelo fracasso.
Meu tio obrigou-me a ir embora para a Sede, pois não era lugar, nem hora de criança, apesar dos meus 14 anos, estar por ali.
Fui embora, e fiquei pensando: Será que Nazareth não está abortando? Ou então não estaria com cólicas menstruais? Ou Cólica de rim?
No dia seguinte fico sabendo que depois de tanta reza e chá, chamaram Dona Ester, a parteira, que finalmente pôs fim ao sofrimento de Nazareth.
Era um aborto.
Nazareth grávida de três meses, era campeã no corte de cana, título conquistado na véspera, quando cortara 12 toneladas de cana de açucar e vencera uma dezena de homens.
sábado, 3 de março de 2007
Senti voce
Te desejo
Sonhei com voce
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Uma aventura em Key west
Uma Aventura em Key West
Niceia K
Sexta-feira. Mereço um day off.
Fechei meu escritório. Peguei meu mustang conversível e rodei por Miami, procurando inspiração para um final de semana relaxante.
Passei por Coconut Grove, Key Biscayne, ganhei a estrada e entrei na Florida’s Turnpike, rumo ao Sul do Estado.
A manhã estava quente, o vento soprava do oceano, trazendo uma brisa refrescante. O tempo estava firme, o céu azul perfeito para uma aventura.
Liguei meu rádio, estava tocando Credence. Entrei na US1, rumo as Keys.Leio na placa a distância que ia percorrer até a última das keys. 180 milhas de Miami até Key West, cerca de 3 horas.
Travei meu “cruise control”, abaixei a capota de meu mustang e cabelos ao vento , fui deixando para trás Miami e meu trabalho.
A Us1 é um longo e belíssimo caminho de pontes suspensas sobre o Golfo do México , que vai ligando dezenas de pequenas e médias ilhas.
Passei por Key Largo, Islamorada, Marathon, Big Pine Key e podia ler os avisos da rota de fuga dos furacões .
A água do mar , de um azul tropical, era cortada por dezenas de luxuosos yates. Eu estava atravessando o roteiro mais luxuoso da Florida.
Parei algumas vezes, no caminho para tirar fotografias, tomar um café..
Chego a Key West no final da tarde e me hospedo num charmoso Hotel na Duval St, perto do Centro e do Mallory Square.
Descansei, tomei banho, pus um vestido longo de alcinhas, uma rasteirinha no pé e uma trancinha no tornozelo, cabelos soltos e pronto, estava vestida pra arrasar!
A pé fui olhar vitrines e procurar um programa para a noite. Puxa que fome pensei, ao ver um Restaurante “Comidas Caribenhas”. Entrei, pedi o cardápio e escolhi um prato bem exótico; “Salmon com pignoli au Maple-pesto sauce.
"Isto soa bem e parece delicioso" pensei.
Pedi um drink muito colorido a base de vinho, laranja, vodka, enfeitado com amêndoas e canela. Absolutely exotic.
Estava tão distraída com a decoração e embalada na música caribenha, que nem havia notado, na mesa ao lado, uma moça também sozinha.
Olhei uma vez, olhei de novo e pude notar que ela estava interessada em companhia.
O restaurante, pelo horário, ainda tinha poucos clientes. A pista de dança, na penumbra, estava vazia. E o ritmo da salsa e do mambo, dava ao ambiente uma atmosfera muito especial.
Acabei de jantar e estava pedindo uma sobremesa , um creme com Apricot, absolutely delicious, quando a moca se aproximou e pediu licença para sentar-se.
- Rose Lander, prazer em conhecê-la, sou a dançarina deste Restaurante e minha função é entreter os clientes.
Oh. It's fine. Prazer é meu, me chamo Sandra, sou brasileira, trabalho com representação de gemas brasileiras e moro em Miami há 3 anos.
- Já havia percebido que você é brasileira, pelo jeito de se vestir e pelo sotaque.
- Muito observadora, disse eu.
Ela sem perder mais tempo, convidou-me para dançar a Salsa.
- Sorry, eu não sou boa nisso.
- That’s Ok. It is my job. Vou te ensinar.
Fomos para a pista de dança. Só nós duas naquela penumbra, o que era bom, pois eu fiquei mais ä vontade para aprender o ritmo caribenho.
Ela tinha um perfume delicado nos longos cabelos encaracolados e um sensual ritmo nos quadris.
Dançamos muito e aprendi a remexer meus quadris. Como a Salsa é envolvente!
Fui embora cedo para o Hotel, o dia havia sido puxado.No dia seguinte fiz um passeio de Barco até The Dry Tortugas, cerca de 70 milhas de Key West e distante 20 milhas de Cuba.
Esta ilha é o alvo dos cubanos que tentam ir a nado ou de barcos improvisados para emigrarem para os EUA.
Conheci a estória da ilha que fora descoberta por Ponce de Leon em 1513. Em 1825 os EUA, construíram um Farol para dirigir os navegantes.
Passei o dia neste passeio e a noitinha, saí de novo a pé pelo Down Town e fui até o Mallory Square onde centenas de turistas se reúnem para apreciar um dos m ais belos pores de sol, já vistos.
Nesta praça podemos ver malabaristas, dançarinos, cantores e tipos muito esquisitos de gente e animais.
O sol se punha vermelho, manchando as águas e a paisagem em seus tons de púrpura, algo belo de se ver e digno de colecionar para sempre, na memória. E os turistas aplaudiam e cantavam despedindo-se do Astro maior.
Estava lá fotografando, quando encontro Rose Lander, que ficou muito feliz em me ver.
Hoje estou de folga, disse ela já propondo um passeio pelas areias quentes da praia.O calor do verão, a brisa quente e os luxuosos Yates ancorados no pequeno porto, emprestavam ao lugar um quê mágico e sofisticado.Ficamos horas sentadas na areia, conversando sobre nossas vidas, nosso trabalho, nossas origens. Até que ela, uma perfeita guia turística, convidou-me para ir ao “The Bull” um barzinho famoso.
Fomos.
The Bull, tem três andares. No primeiro andar é onde os artistas, gays, lésbicas e simpatizantes se encontram. No segundo andar, tem sinuca e bebidas e muito motoqueiro das Harlley Davidson. No terceiro andar tem o “Naked Bar” onde se pode tirar as roupas, e ali nus e nuas, ficam conversando, bebendo, tudo muito natural.
Ficamos no primeiro andar.
Key West é assim. Lugar onde os “descolados se encontram”
Cabelos, maquiagens, roupas tudo muito extravagante. E pessoas como eu “normalzinha” que gostam de excentricidades.
Rose convidou-me para dançar.
A música caribenha, sua voz, seu perfume, sua sensualidade, tudo foi me envolvendo e no final da noite fomos para o Hotel e eu me entreguei à fantasia de Key West e tivemos uma noite de muitas descobertas.
Acordei bem cedo, fiz o chek out , dei partida no meu conversível e fiz o caminho de volta .
O ritmo quente da Salsa perseguia meus pensamentos e a lembrança de Rose Lander, trazia-me saudades.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Escape to Sao Paulo
Escape to São Paulo
NiceiaK
Num desejo maluco de ver como era a vida noturna de São Paulo, percorro a pé seu centro velho .Barão de Itapetininga, Viaduto do Chá, Rua Direita, Rua Xv de novembro. São 3:00 horas da manhã, ruas desertas, mendigos enrolados em cobertores fedorentos, dormem sob as marquises dos prédios.
Andava com o pensamento na miséria humana, quando de repente dou de cara com uma gang de jovens delinqüentes. Pálida de medo, ganho deles uma pedra que tinha o formato de caveira. Aperto o passo e quase correndo percebo um trombadinha com uma faca na mão se aproximando . Na tentativa de defender-me, jogo-lhe a pedra em sua cabeça. Era a senha:
"Bateu, morreu"
Corri, corri muito sendo perseguida pelo trombadina e já quase sem fôlego entro num Edifício. Pego o elevador, aperto qualquer botão e por alguns minutos me sinto segura.
Quando saio do elevador, dou de cara com dezenas de pessoas desesperadas, também sendo perseguidas, correndo em todas direções.
Gritos, choro, desespero, cada um buscando um esconderijo seguro, uma sala, uma escada um cantinho.
Corro para um imenso salão e fico espantada com o que vejo: um grupo de pessoas organizadas, ensacando pessoas.
Colocavam cada pessoa num saco plástico transparente, amarravam e iam empilhando uns sobre outros. Estocando-as.
Procurei saber o por quê de ensacar pessoas e uma senhora disse que quem estivesse ensacada, nao corria perigo. A gang não atacaria.
A idéia de ser ensacada me deu desespero e tomei outra decisão. Corri escada abaixo e ouvindo gritos e choros desesperados, me deparei com a mesma multidão que voltava, desorientada, horrorizada dizendo que que a gang estava matando, decapitando.
Entro em nova sala e vejo pessoas insensatas, raspando o cabelo com pedras e objetos não cortantes, na esperança de serem confundidas com os Skin heads.
Tentei raspar meu cabelo, sem sucesso.
Em minha desvairada corrida, eu só encontrava portas e janelas trancadas. Não tinha a menor chance de escapar.
Paro numa porta com uma grade entreaberta que dava para um saguão escuro. Fico desconfiada. Será uma armadilha? Será seguro transpor esta porta?
Eu não tinha outra escolha, percebia os passos da gang se aproximando quando ouço uma campainha: tararã, tararã, tararã.
Eram os anjos da guarda, outra gang, desta vez uma gang do bem que haviam chegado em nosso socorro.
O dia já estava clareando e tudo volta ao normal. As ruas cheias de trabalhadores, executivos, porteiros, secretárias tudo no lugar, como se não existissem madrugadas tão irreais, naquela Paulicéia desvairada.
sábado, 10 de fevereiro de 2007
Assim deve ser o AMOR e a Amizade
Assunto: assim deve ser o amor e a amizade.
NiceiaK
Eu também tenho músicas que me norteiam. Eu só entendo o amor quando não aprisiona. Também deveria ser assim com as amizades: sem passado, sem futuro, apenas amigos que trocariam suas experiências, seus anseios, suas frustraçoes, seus segredos, suas vitórias, sem competiçao... amigos por que não?
Eu também tenho músicas que me norteiam. Eu só entendo o amor quando não aprisiona. Também deveria ser assim com as amizades: sem passado, sem futuro, apenas amigos que trocariam suas experiências, seus anseios, suas frustraçoes, seus segredos, suas vitórias, sem competiçao... amigos por que não?
O seu amor
Gilberto Gil - 1976
O seu amor
Ame-o e deixe-o
Livre para amar
Livre para amar
Livre para amar
O seu amor
Ame-o e deixe-o
Ir aonde quiser
Ir aonde quiser
Ir aonde quiser
O seu amor
Ame-o e deixe-o brincar
Ame-o e deixe-o correr
Ame-o e deixe-o cansar
Ame-o e deixe-o dormir em paz
O seu amor
Ame-o e deixe-o
Ser o que ele é
Ser o que ele é
Ser o que ele é
-------------------------------------------------
Foi quando te disse :Data: Fri, 25 Jun 1999 - 01:32:52
Despedida
Ser sincera e dizer o que meu coração manda, nem sempre é uma boa idéia. Por mais que escolho a palavra certa, está sempre soando errada.
Mas não podemos , de novo, sumir por algum tempo, anos talvez, só com medo da despedida.
Por isso hoje, quero romper com as lembranças de uma juventude tão distante, e quero a partir de agora , rememorar apenas as lembranças de um passado que foi bonito.
Neste nosso encontro ficou claro que nossos beijos e abraços, agora sem adrenalina, já não tem mais a emoção da juventude .
Mas não podemos , de novo, sumir por algum tempo, anos talvez, só com medo da despedida.
Por isso hoje, quero romper com as lembranças de uma juventude tão distante, e quero a partir de agora , rememorar apenas as lembranças de um passado que foi bonito.
Neste nosso encontro ficou claro que nossos beijos e abraços, agora sem adrenalina, já não tem mais a emoção da juventude .
Cruel dizer isto?
Não tenho resposta, só sei que é preciso desmacarar o sonho do passado. Quero sentir novas emoções ,encararar a vida que me apresenta agora sem sentir insegurança para conseguir a liberdade.
No podemos passar o resto de nossos dias a repetir o mesmo mantra : "Te amei, te amei, te amei...",
ouvindo músicas anos 80 como se o tempo tivesse parado.
Estou triste por ver nossos planos futuros se acabarem. Por eu não ser apaixonada por voce, como gostaria de ser.
Estou triste por ver nossos planos futuros se acabarem. Por eu não ser apaixonada por voce, como gostaria de ser.
Não posso mandar em meu coração e obrigar- me a sentir o que na verdade era apenas um grande desejo de construir uma nova realidade.
Quero continuar sua amiga e só. Nada de compromisso de amor, de planos para o futuro.
Eu te quero bem, e me lembrarei sempre de voce como um grande amigo que ainda tenho.
Um grande abraço
de sua eterna amiga
Quero continuar sua amiga e só. Nada de compromisso de amor, de planos para o futuro.
Eu te quero bem, e me lembrarei sempre de voce como um grande amigo que ainda tenho.
Um grande abraço
de sua eterna amiga
Niceia.
domingo, 4 de fevereiro de 2007
Nonsense
Meu teto caiu
dentro do nada
há o silêncio
de minha alma partida
há o vazio
que em mim habita.
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dentro do nada
há o silêncio
de minha alma partida
há o vazio
que em mim habita.
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
Lua Azul, eu a vi
No dia 31 de janeiro 2007-
eu via a Lua Azul. Voce também viu?
Quando um único mes tem duas Luas Cheias, a segunda Lua Cheia é chamada de Lua Azul. Outra definição diz que Lua Azul é a terceira Lua Cheia que ocorre em uma estação do ano que tem quatro Luas Cheias. Usualmente cada estação tem somente tres Luas Cheias.
eu via a Lua Azul. Voce também viu?
Quando um único mes tem duas Luas Cheias, a segunda Lua Cheia é chamada de Lua Azul. Outra definição diz que Lua Azul é a terceira Lua Cheia que ocorre em uma estação do ano que tem quatro Luas Cheias. Usualmente cada estação tem somente tres Luas Cheias.
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Para descansar a Alma
PARA DESCANSAR A ALMA
Arranje um cantinho sossegado e uma almofada gostosa. Acenda um incenso de sândalo.
Sente-se com as costas bem retas. Coloque as mãos sobre os joelhos, com as palmas para cima e balance o corpo lentamente da esquerda para a direita, de movimentos maiores a movimentos menores, como um pêndulo, até encontrar o centro de equilíbrio do corpo.
Pare aí.
Inspire profundamente e solte o ar lenta e completamente pela boca.
Relaxe os ombros. Inspire novamente e solte o ar pela boca.
Então cerre os lábios, coloque a ponta da língua no céu da boca e respire pelas narinas.
Mantenha os olhos entreabertos, apenas pousados a sua frente.
Ouça todos os sons.
Sinta todas as fragrâncias.
Perceba o ar, a temperatura em sua pele.
Você está pensando? Ou não está pensando?
Verifique sua postura. Costas eretas. Cabeça como se um fio puxasse para o céu.
Pernas firmes pela força da gravidade.
Não julgue. Nem certo nem errado, nem bonito nem feio.
Seja.
Apenas sentar. Intersendo com tudo que existe.
Que bom estar viva.
Este instante aqui e agora é o céu e a terra.
Isso é tudo. Tudo é nada.
Monja Coen
Vida
Vida
Todos os anos o Imperador do Japão escolhe uma palavra para a população escrever poesias.
Todos os anos o Imperador do Japão escolhe uma palavra para a população escrever poesias.
Há concursos e discursos. Há declamação e há aqueles que escrevem para si mesmos, como diversão.
As monjas e monges escrevem como prática religiosa e se acaso morrerem, esse poema se tornará seu epitáfio.
A palavra deste ano é Inochi.
Inochi significa vida.Inochi também significa destino, decreto, comando.
Ao escolher uma palavra o Imperador faz com que todos reflitam sobre ela.
Amar de novo
Amar de Novo
NiceiaK
Quero um amor
mas nao um amor, por que quero.
Quero um novo amor
só para nao esquecer
como é bom amar,
amar de novo!
segunda-feira, 15 de janeiro de 2007
SSQC, O gosto do beijo que nao dei.
Ele apareceu no seu corcel black and tan e meu coraçao acelereou. E eu que nem estava ali esperando, me perdi.
Para o "SSQC "
Primavera, anos 70.
Naquela noite, jogando o "jogo da verdade", olhando fixamente em teus olhos, fiz o maior esforço pra te dizer a verdade, nada mais que a verdade.
Nao consegui. Queria mesmo, era um beijo teu. Mas nao podia, afinal voce era o namorado de minha melhor amiga.
Foi fácil te olhar
te analizar, te provocar
Foi fácil você ficar e me embaraçar.
Foi fácil eu fingir
que nada entendia
Foi fácil voce e eu
fazermos uma trapaça
foi fácil eu e voce
acreditarmos que nada, entre nós, acontecia.
Naquele jogo da verdade
e na arte da fantasia
a cada palavra dita,
uma mentira.
Primavera, anos 70.
Naquela noite, jogando o "jogo da verdade", olhando fixamente em teus olhos, fiz o maior esforço pra te dizer a verdade, nada mais que a verdade.
Nao consegui. Queria mesmo, era um beijo teu. Mas nao podia, afinal voce era o namorado de minha melhor amiga.
Foi fácil te olhar
te analizar, te provocar
Foi fácil você ficar e me embaraçar.
Foi fácil eu fingir
que nada entendia
Foi fácil voce e eu
fazermos uma trapaça
foi fácil eu e voce
acreditarmos que nada, entre nós, acontecia.
Naquele jogo da verdade
e na arte da fantasia
a cada palavra dita,
uma mentira.
domingo, 14 de janeiro de 2007
Micropoema So de brincadeira
Só de brincadeira
Niceia Klein
Volta e meia
o gramático,
marcha prudente
pelos versos cadentes .
volta e meia
o poeta
erra o passo
e perde o compasso
e para deleite
do gramático atento
faz o poeta,
um anti-poema
pirracento.
pelos versos cadentes .
volta e meia
o poeta
erra o passo
e perde o compasso
e para deleite
do gramático atento
faz o poeta,
um anti-poema
pirracento.
Poesia Perdão
Perdão
se nunca fui a tua namorada
se fui somente
uma presença mal afortunada.
Perdão
se não fui a companheira
que voce tanto quis
,ter tudo prometido
e nada compartilhado.
Perdão
por ter sido
um rumo sem traçado,
um sonho irrealizado
e tanta mágoa ter te causado.
Perdão
pelas saudades
que ainda te causo
pela vontade dos beijos
e carinhos nunca trocados.
Perdão
por não ter contigo vivido e
nem te amar, sabido.
Niceia K
Niceia K
Poesia Guarde meu coraçao
Niceia K
Um dia,
você me disse,
muito sério,
que queria comigo se casar.Eu te respondi,
nada séria,
contigo não vou casar.Daí
pedi pra você
guardar meu coraçao.
Vou sair por aí
Vou viajar
vou me divertir
vou namorar
vou me esbaldar...Agora voltei
pra meu coraçao pegar
mas há muito
você deixou de ser sério
e se cansou
de meu coraçao
guardar.
Nicéia K
Poesia- Inesquecivel
NiceiaK
Inesquecível
Assim você é
como uma música de amor
perseguindo-me
a todo instante
por todo o caminho
para sempre.
Inesquecível
Assim você é
como uma música de amor
perseguindo-me
a todo instante
por todo o caminho
para sempre.
Eu posso sentir
sua presença em minha alma.
Posso sentir em meu corpo
seu toque, seu calor
que ainda me queima.
sua presença em minha alma.
Posso sentir em meu corpo
seu toque, seu calor
que ainda me queima.
Sol da minha vida,
carinho,ternura, amor
que saudades!
Como pode você ser
como jamais
alguém fora antes
inesquecível?
Niceia K
carinho,ternura, amor
que saudades!
Como pode você ser
como jamais
alguém fora antes
inesquecível?
Niceia K
Poesia Adolescente
Adolescente
Niceia K
Vejo voce
descendo a rua
passos largos,pisando firme
tênis e calça jeans
lindo como toda
garota quer.
Tão adorável e amável
que por um instante
chego a duvidar
que voce existe.
Olá!
Pare um instante
olhe para mim
dê-me um sorriso
fale comigo
me toque.
Seja meu amor passageiro
torne-se real.
Vejo voce se afastando
e quase grito,
não se vá !
não me faça chorar
Volte e diga
que vai me amar
me beijar, me abraçar...
venha ser meu céu,
meu inferno,
meu bem, meu mal,
meu arrependimento
venha ser real.
NiceiaK
Niceia K
Vejo voce
descendo a rua
passos largos,pisando firme
tênis e calça jeans
lindo como toda
garota quer.
Tão adorável e amável
que por um instante
chego a duvidar
que voce existe.
Olá!
Pare um instante
olhe para mim
dê-me um sorriso
fale comigo
me toque.
Seja meu amor passageiro
torne-se real.
Vejo voce se afastando
e quase grito,
não se vá !
não me faça chorar
Volte e diga
que vai me amar
me beijar, me abraçar...
venha ser meu céu,
meu inferno,
meu bem, meu mal,
meu arrependimento
venha ser real.
NiceiaK
Poesia Vento do Norte
que assopra gelado
alisando os mares
e nas vagas curtas
embala os sonhos.Vento do norte
que assopra forte
e ondulando os mares
em espumas esbranquiçadas
provoca emoçoes .
Vento do norte
que assopra violento
que enrola o mar
e faz a gente da terra,
rezar em prantos.Vento do norte
de forças mutantes
embala meu sonho
fortaleça meu espírito
me liberte da tormenta
de viver o amor ausente.Vento do norte
amanse tua ira
e ajude o mar
para que em teus braços salgados
traga meu amor
que um dia por ele navegou
e nunca mais voltou
Niceia K
Poesia Te quero meu
Poesia mundo da Lua
No mundo da Lua
ora no presente
ora no passado
me leva a uma época
que a vida parecia
tão tranquila
e revelando falhas
com lembranças do passado
misturadas ao futuro
a procura de respostas
redemoinha meus pensamentos
que a girar me torturam.
Estou no munda da lua.
posted by Grandes Amores at 1:23 PM 1 commen
Micropoema
MICRO POEMA
NiceiaK
NiceiaK
A vela chama
a caravela
que o vento sopra
a vela que leva
a caravela.
posted by Grandes Amores at 10:13 PM 2 comments
Poesia Amor remoto
existe o real?
mensagens vão e vem
ilusões feitas de esperas
do e-mail, do MSN
realidade?
pessoas irreais
conversamos
tantos papos iguais
tantos pontos em comum
tudo se encaixa
mais um fim de semana
e voce offline
Chegou a mensagem?
ansiedade.
Voce está online!!!!
E eu te confesso
alegremente:
estou amando
virtualmente.
posted by Grandes Amores at
Poetrix
POETRIX
.Poetrix 1
Poetrix da Niceia,
serão tercetos
os poetrix de Niceia?
.Poetrix 2
A obcecada mariposa
pela luz do abajur
fritou-se.
.Poetrix 3
como te desejo
de madrugada,
insone.
Poesia Non Sense
Poesia Love me not
Saturday, May 13, 2006
desfolhando cada pétala da flor
para ver se seu amor era verdadeiro
love me, love me not
e assim bem devagarinho
love me, love not
cheguei ao final
e descobri que voce
love me not.
posted by Grandes Amores at 7:14 PM 1 comments links to this post
para ver se seu amor era verdadeiro
love me, love me not
e assim bem devagarinho
love me, love not
cheguei ao final
e descobri que voce
love me not.
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Poesia Contradiçao
Contradiçao
Eu escrevi uma poesia com raiva de voce e era assim:
Já não és
a razão de minha vida.
Nosso amor perdeu-se no tempo .
nosso desejo se diluiu em cinzas.
Já não tenho mais
minha alma partida
e nem vagueio solitária
em busca de um novo amor,
Não me sinto fria ou indiferente
Só sei que já não é mais hora
de reviver a mesma história.
Saiba que meu caminho
já não passa por ti ou por nós
Sacou?
nosso momento já passou.
Niceia K
Mas na verdade eu queria dizer:
Tu és e sempre serás
a razaõ de minha vida.
Nosso amor e desejo
persiste apesar dos anos
Hoje vagueio solitária
em busca do nosso amor.
Não me sinto fria
ou indiferente
só penso em ti.
Saiba que meu caminho
passa por ti
e por ti ainda
espero.
Niceia K
posted by Grandes Amores at 3:37 PM 2 comments links to this post
Eu escrevi uma poesia com raiva de voce e era assim:
Já não és
a razão de minha vida.
Nosso amor perdeu-se no tempo .
nosso desejo se diluiu em cinzas.
Já não tenho mais
minha alma partida
e nem vagueio solitária
em busca de um novo amor,
Não me sinto fria ou indiferente
Só sei que já não é mais hora
de reviver a mesma história.
Saiba que meu caminho
já não passa por ti ou por nós
Sacou?
nosso momento já passou.
Niceia K
Mas na verdade eu queria dizer:
Tu és e sempre serás
a razaõ de minha vida.
Nosso amor e desejo
persiste apesar dos anos
Hoje vagueio solitária
em busca do nosso amor.
Não me sinto fria
ou indiferente
só penso em ti.
Saiba que meu caminho
passa por ti
e por ti ainda
espero.
Niceia K
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Poesia Depressao
Contos de Reis
Tudo sao vagas lembranças
Sem pé nem cabeça
Daí eu ponho pé
ponho cabeça
Aí vira um conto
dois contos
tres contos de reis.
Poesia- Luz da Lua
Poesia: Ser mais paixão
Poesia: Quisera
Memorias
Peguei as fotografias
da memória esquecidas,
tirei as molduras,
pus na gaveta,
arquivei.
Arquivei as
lembranças dos abraços
dos afagos,
das viagens-suas paisagens.
As lembranças de nosso tempo,
dos planos de outrora
tudo aquilo que foi vivido,
já com imagens desfocadas,
deletei.
Vou-me embora
curando minhas feridas
sem despedidas, sem retratos,
sem lembranças
em silêncio, recolhida.
NiceiaK
da memória esquecidas,
tirei as molduras,
pus na gaveta,
arquivei.
Arquivei as
lembranças dos abraços
dos afagos,
das viagens-suas paisagens.
As lembranças de nosso tempo,
dos planos de outrora
tudo aquilo que foi vivido,
já com imagens desfocadas,
deletei.
Vou-me embora
curando minhas feridas
sem despedidas, sem retratos,
sem lembranças
em silêncio, recolhida.
NiceiaK
Poesia: Voce é meu norte
Saturday, October 15, 2005
Voce é o meu Norte!
Sigo em frente o meu
caminho,
você é a estrela guia.
Todos os sonhos
que me revelastes,
todos os sentidos
que me despertastes,
tudo o que me dissestes,
ficou gravado.
Somos neste instante,
paixão, amor, desejo.
E te sinto aqui.
Você é meu sonho, meu caminho,
voce é meu destino
voce é meu norte.
Niceia K
Voce é o meu Norte!
Sigo em frente o meu
caminho,
você é a estrela guia.
Todos os sonhos
que me revelastes,
todos os sentidos
que me despertastes,
tudo o que me dissestes,
ficou gravado.
Somos neste instante,
paixão, amor, desejo.
E te sinto aqui.
Você é meu sonho, meu caminho,
voce é meu destino
voce é meu norte.
Niceia K
POESIAS "Domingo Sombrio
György adorava escrever cartas e tinha um estilo muito sóbrio e romântico. Qualquer data era motivo de longas e apaixonantes cartas, cheia de declarações de amor e juras eternas. Na verdade György, era um sonhador, que mandava flores, abria a porta do carro para eu entrar. Era um gentleman. E eu adorava ser tratada assim. Penso que György me “estragou” para sempre.
Me tornei muito exigente.
A seguir um trecho de uma de suas cartas.
"Domingo sombrio,- perdoe-me o clichê, é que muitos anos atraz- antes mesmo de eu virar gente ( se é que existe um passado tão remoto) era muito popular uma música húngara, com este título. Diz a mitologia que esta música transcrevia tão bem o desespero íntimo dos homens, que chegou a incentivar inúmeros suicídios. Hoje soa tão irreal, como velhas fotografias cor sépia de gente que não mais vive e que nunca parece ter existido...São nove horas da noite, você não faz idéia de quantos planos impossíveis já me descartei. Só consigo pensar em você, porque..... "
posted by Grandes Amores at 5:47 PM 0 comments links to this post
Me tornei muito exigente.
A seguir um trecho de uma de suas cartas.
"Domingo sombrio,- perdoe-me o clichê, é que muitos anos atraz- antes mesmo de eu virar gente ( se é que existe um passado tão remoto) era muito popular uma música húngara, com este título. Diz a mitologia que esta música transcrevia tão bem o desespero íntimo dos homens, que chegou a incentivar inúmeros suicídios. Hoje soa tão irreal, como velhas fotografias cor sépia de gente que não mais vive e que nunca parece ter existido...São nove horas da noite, você não faz idéia de quantos planos impossíveis já me descartei. Só consigo pensar em você, porque..... "
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Contos de Outrora - Maria sai da lata
Maria, sai da lata
Niceia K
Quando eu era criança, eu costumava encaixar meu rosto numa lata de óleo vazia. A Lata era dourada por dentro . Eu ficava horas, olhando meu rosto deformado, naquele improvisado caleidoscopio que tudo em ouro se transformava.
A boca, o narigão, as orelhas. E os olhos ? eu prestava tanta atençao neles, como que se fosse possível , ver e encontrar-me lá no fundo do olhar.
Fazia caretas, mostrava a língua e falava para ouvir o eco de minha própria voz. E a fantasia ganhava ares de espetáculo .
Daí eu montava os personagens; ora rindo, ora fazendo careta e dando vida ao meu mundo de faz de conta, cantando "Maria, sai da lata que no óleo tem barata".
Eu ficava maravilhada em ver-me dourada em techinocolor, como no cinema.
Quando eu respirava e cantava dentro da lata, ficava tudo embaçado eu limpava e continuava naquela viagem de cores , formas e ecos.
Por fora da lata, havia um rótulo com uma foto de mulher vestida em lenços coloridos e em destaque estava escrito MARIA .O que me intrigava era que neste rótulo tinha a foto da lata e eu pensava que na foto tinha outra foto da lata , que tinha outra foto, com outra lata com foto...que ia se repetindo , numa metalinguagem sem fim....
E eu me divertia com tão pouco...
Niceia K
Quando eu era criança, eu costumava encaixar meu rosto numa lata de óleo vazia. A Lata era dourada por dentro . Eu ficava horas, olhando meu rosto deformado, naquele improvisado caleidoscopio que tudo em ouro se transformava.
A boca, o narigão, as orelhas. E os olhos ? eu prestava tanta atençao neles, como que se fosse possível , ver e encontrar-me lá no fundo do olhar.
Fazia caretas, mostrava a língua e falava para ouvir o eco de minha própria voz. E a fantasia ganhava ares de espetáculo .
Daí eu montava os personagens; ora rindo, ora fazendo careta e dando vida ao meu mundo de faz de conta, cantando "Maria, sai da lata que no óleo tem barata".
Eu ficava maravilhada em ver-me dourada em techinocolor, como no cinema.
Quando eu respirava e cantava dentro da lata, ficava tudo embaçado eu limpava e continuava naquela viagem de cores , formas e ecos.
Por fora da lata, havia um rótulo com uma foto de mulher vestida em lenços coloridos e em destaque estava escrito MARIA .O que me intrigava era que neste rótulo tinha a foto da lata e eu pensava que na foto tinha outra foto da lata , que tinha outra foto, com outra lata com foto...que ia se repetindo , numa metalinguagem sem fim....
E eu me divertia com tão pouco...
Conto Meu Herói II
Meu Herói II
NiceiaK
Acordei tarde, meu cãozinho desesperado pra ir lá fora, latia sem parar.
Desligo o alarme, abro a porta e ele corre para o gramado fazer seu pipi.
Estou ocupada na cozinha, preparando meu café, quando percebo que o Pequeno, assim é o nome de meu cãozinho, um neurótico cocker dourado, começa a percorrer todo o quintal, latindo e cheirando.O que será que ele está caçando?
Fui ver, eram os passarinhos que tiravam uma rasante de sua cabeça. Tudo bem, afinal os passarinhos são bem mais espertos.
Volto pra cozinha e recomeço meu ritual matinal e o Pequeno fica ao meu redor, querendo um pedaço de pão com manteiga.O Pequeno é um cão insistente, chato eu diria.
E assim sem muita paciência e querendo curtir minha preguiça, sossegada, dei-lhe uma ordem : “ Vá pegar o rato!!"
Não sei como ele aprendeu que existem ratos. Só sei que ele saiu em disparada para o quintal, cheirando cada cantinho.
Estou lá na cozinha e ouço o latido insistente do Pequeno para debaixo da máquina de secar roupas.Me aproximo, dou-lhe ordem para ficar quieto, mas que nada, ele continua latindo, cheirando e arranhando a máquina .
Fico desconfiada que há algo estranho por ali. Será uma caranguejeira? Uma lagartixa? O que será?
Coloco meus óculos, me agacho até o chão, deito cuidadosamente para ver para que tanto ele late..Percebo algo avermelhado, amarronzado logo ali.
Começo a me afastar lentamente, me levanto e arrepiada , fico pensando:"Será um sapo? Mas por onde o sapo teria entrado, se todos os ralos tem uma telinha protetora?Será um lagarto que veio das árvores do vizinho? Mas lagarto não é vermelho....
Assim pensando e sem coragem de me aproximar novamente da máquina, tive a idéia de chamar por meu filho André, que mora há quatro casas distante da minha
.Cinco minutos depois André chegou .
Tranquei o Pequeno dentro de casa e lá fomos nós afugentar aquela coisa vermelho-amarronzada.
.Eu fiquei numa distância segura e pronta pra correr em caso de ataque daquela coisa.
O Andre se abaixou olhou, pegou um cabo de vassoura e disse:
-"Mãe venha ver o que é!
-"eu lá de longe respondia; "André cuidado pra não se machucar".
E André insistia; “Vem mãe, chega aqui"
- Eu tenho medo. Nossa Senhora te proteja, filhinho querido.Você é muito corajoso.
- "Mãe deixe de ser medrosa e veja, já tirei a coisa debaixo da máquina!
Tá bom eu vou. Mas fique longe você também.
Fui me aproximando e vi, uma meia vermelha toda amassada.
E meu filho gargalhando me dizia:
-“ Mãe é melhor ir ao oculista “.
Depois de todo este suspense: Calvin que até então acompanhava tudo em silêncio, abocanhou a meia e se retirou para um cantinho e cuidou dela o dia inteiro. Convencido de que o herói é sempre ele. posted by Grandes Amores
NiceiaK
Acordei tarde, meu cãozinho desesperado pra ir lá fora, latia sem parar.
Desligo o alarme, abro a porta e ele corre para o gramado fazer seu pipi.
Estou ocupada na cozinha, preparando meu café, quando percebo que o Pequeno, assim é o nome de meu cãozinho, um neurótico cocker dourado, começa a percorrer todo o quintal, latindo e cheirando.O que será que ele está caçando?
Fui ver, eram os passarinhos que tiravam uma rasante de sua cabeça. Tudo bem, afinal os passarinhos são bem mais espertos.
Volto pra cozinha e recomeço meu ritual matinal e o Pequeno fica ao meu redor, querendo um pedaço de pão com manteiga.O Pequeno é um cão insistente, chato eu diria.
E assim sem muita paciência e querendo curtir minha preguiça, sossegada, dei-lhe uma ordem : “ Vá pegar o rato!!"
Não sei como ele aprendeu que existem ratos. Só sei que ele saiu em disparada para o quintal, cheirando cada cantinho.
Estou lá na cozinha e ouço o latido insistente do Pequeno para debaixo da máquina de secar roupas.Me aproximo, dou-lhe ordem para ficar quieto, mas que nada, ele continua latindo, cheirando e arranhando a máquina .
Fico desconfiada que há algo estranho por ali. Será uma caranguejeira? Uma lagartixa? O que será?
Coloco meus óculos, me agacho até o chão, deito cuidadosamente para ver para que tanto ele late..Percebo algo avermelhado, amarronzado logo ali.
Começo a me afastar lentamente, me levanto e arrepiada , fico pensando:"Será um sapo? Mas por onde o sapo teria entrado, se todos os ralos tem uma telinha protetora?Será um lagarto que veio das árvores do vizinho? Mas lagarto não é vermelho....
Assim pensando e sem coragem de me aproximar novamente da máquina, tive a idéia de chamar por meu filho André, que mora há quatro casas distante da minha
.Cinco minutos depois André chegou .
Tranquei o Pequeno dentro de casa e lá fomos nós afugentar aquela coisa vermelho-amarronzada.
.Eu fiquei numa distância segura e pronta pra correr em caso de ataque daquela coisa.
O Andre se abaixou olhou, pegou um cabo de vassoura e disse:
-"Mãe venha ver o que é!
-"eu lá de longe respondia; "André cuidado pra não se machucar".
E André insistia; “Vem mãe, chega aqui"
- Eu tenho medo. Nossa Senhora te proteja, filhinho querido.Você é muito corajoso.
- "Mãe deixe de ser medrosa e veja, já tirei a coisa debaixo da máquina!
Tá bom eu vou. Mas fique longe você também.
Fui me aproximando e vi, uma meia vermelha toda amassada.
E meu filho gargalhando me dizia:
-“ Mãe é melhor ir ao oculista “.
Depois de todo este suspense: Calvin que até então acompanhava tudo em silêncio, abocanhou a meia e se retirou para um cantinho e cuidou dela o dia inteiro. Convencido de que o herói é sempre ele. posted by Grandes Amores
Contos de Outrora Medo do dedo
Medo do dedo
NiceiaK
Na chácara onde morava, quando criança, não tinha água encanada. Todas as casas tinham poços perfurados.Meu pai tinha o maior orgulho de nosso poço d'água. Este poço, dizia ele, foi perfurado muito profundamente, para fornecer água mineral.
Não sei se tinha alguma propriedade "mineral"especial ou não, só sei que a água saía do poço clarinha, fresquinha, uma delícia.Eu esperava o meio-dia para ver o fundo do poço, no seu ponto mais distante onde a água brotava. E também tinha o hábito de beber água num copo de alumínio, no sol para ver a água virar prata.
Tínhamos que puxar a água, num balde, que por sua vez era amarrado numa corda, enrolada num sarilho.
Sarilho, já viram que palavra mais "de gente culta" sarilho era pronunciado com tanta naturalidade, que ninguém prestava atenção em sua casticês.Pois bem, eu adorava puxar água do poço para aguar meu jardim. Todas as tardes, eu puxava dezenas de baldes e sentia um prazer pueril em ver minhas plantinhas, margaridas brancas, na maioria, balançarem as ramas agradecendo a água tão fresquinha.
Não raro, ouvíamos estórias de alguém que deixava, acidentalmente a manivela do sarilho escapar, e a corda com o peso do balde cheio de água, desembestada poço abaixo, batendo no barranco, fazendo barulho assutador e muitas veses acabava em cabeça rachada da manivela desordenada.
Quando isto acontecia, em geral com crianças, a notícia corria e as mães ficavam tempão vigiando os filhos para que não se aproximassem dos poços.
Dalí alguns dias, todo mundo se esquecia da tragédia e iam as crianças a tirar água dos poços.
Eu era uma criança esquisita, de dia tinha coragem pra brigar, fazer mal criação com as pessoas, subir em a'rvores, contar e ouvir estórias de cemitério, tirar água de poço, fazia mil diabices. Não temia castigo. Mas de noite..., eu virava uma criança medrosa, tinha medo do escuro , não ia sozinha a parte alguma. Era chata e dependia dos meus irmãos que se aproveitavam desta situaçao pra se vingar e meter mais medo em mim.
Um dia, um adulto, a noite, puxando água do poço, perdeu o controle da manivela do sarilho e na tentativa de segurar a corda, cortou um dedo, isto é perdeu mesmo o dedo.
Pra quê!, meus irmão me atormentaram e dizendo que a noite o dedo ia me pegar.
Entrei em pânico, que pavor, suava frio em baixo das cobertas, naquele calor de trinta graus. Por vários dias, me comportei, rezei. Virei santa.
Cheguei a cantar pro meu anjo da guarda:Santo Anjo do Senhor,meu zeloso guardador,já que a ti me confiou a piedade Divina,sempre me rege,me guarda,me governa e ilumina.Amén.
Por vários dias dei sossêgo a meus irmãos e a meus pais e por muitos anos escutei a estória do dedo
NiceiaK
Na chácara onde morava, quando criança, não tinha água encanada. Todas as casas tinham poços perfurados.Meu pai tinha o maior orgulho de nosso poço d'água. Este poço, dizia ele, foi perfurado muito profundamente, para fornecer água mineral.
Não sei se tinha alguma propriedade "mineral"especial ou não, só sei que a água saía do poço clarinha, fresquinha, uma delícia.Eu esperava o meio-dia para ver o fundo do poço, no seu ponto mais distante onde a água brotava. E também tinha o hábito de beber água num copo de alumínio, no sol para ver a água virar prata.
Tínhamos que puxar a água, num balde, que por sua vez era amarrado numa corda, enrolada num sarilho.
Sarilho, já viram que palavra mais "de gente culta" sarilho era pronunciado com tanta naturalidade, que ninguém prestava atenção em sua casticês.Pois bem, eu adorava puxar água do poço para aguar meu jardim. Todas as tardes, eu puxava dezenas de baldes e sentia um prazer pueril em ver minhas plantinhas, margaridas brancas, na maioria, balançarem as ramas agradecendo a água tão fresquinha.
Não raro, ouvíamos estórias de alguém que deixava, acidentalmente a manivela do sarilho escapar, e a corda com o peso do balde cheio de água, desembestada poço abaixo, batendo no barranco, fazendo barulho assutador e muitas veses acabava em cabeça rachada da manivela desordenada.
Quando isto acontecia, em geral com crianças, a notícia corria e as mães ficavam tempão vigiando os filhos para que não se aproximassem dos poços.
Dalí alguns dias, todo mundo se esquecia da tragédia e iam as crianças a tirar água dos poços.
Eu era uma criança esquisita, de dia tinha coragem pra brigar, fazer mal criação com as pessoas, subir em a'rvores, contar e ouvir estórias de cemitério, tirar água de poço, fazia mil diabices. Não temia castigo. Mas de noite..., eu virava uma criança medrosa, tinha medo do escuro , não ia sozinha a parte alguma. Era chata e dependia dos meus irmãos que se aproveitavam desta situaçao pra se vingar e meter mais medo em mim.
Um dia, um adulto, a noite, puxando água do poço, perdeu o controle da manivela do sarilho e na tentativa de segurar a corda, cortou um dedo, isto é perdeu mesmo o dedo.
Pra quê!, meus irmão me atormentaram e dizendo que a noite o dedo ia me pegar.
Entrei em pânico, que pavor, suava frio em baixo das cobertas, naquele calor de trinta graus. Por vários dias, me comportei, rezei. Virei santa.
Cheguei a cantar pro meu anjo da guarda:Santo Anjo do Senhor,meu zeloso guardador,já que a ti me confiou a piedade Divina,sempre me rege,me guarda,me governa e ilumina.Amén.
Por vários dias dei sossêgo a meus irmãos e a meus pais e por muitos anos escutei a estória do dedo
Conto Ai lili, Ai lili, Ai lô
Conto de outrora
NiceiaK
"Ai lili,
ai lili,
ai lô
Eu vivo a vida cantando
e nestas voltas eu vou
cantando a cançao feliz que diz,
Ai lili, ai lii, ai lô."
Minhas amigas e meus amigos, não pensem que sou tão antiga assim, como esta canção.
Acontece que na pequena cidade, do interior de S. Paulo, Acrópolis, onde nasci e "quase cresci", tudo acontecia muitos anos defasado no tempo.
A televisão já havia sido inventada, mas em Acrópolis , só se ouvia dizer. O sinal nao chegava lá. Era coisa de cidade grande.Tínhamos o rádio, mas só pegava as emissoras da redondeza, que por sua vez, penso eu, comprava antigos programas e repetiam sua transmissão, como se novidades fossem.
Como eu era criança, 5 anos talvez, nem sabia da existência de tempos mais modernos, e para mim estava ótimo.L embro-me desta música, por causa de uma menina, minha vizinha, que fazia ballet.
A roupa dela era feita de papel crepon, bem armada.Usando sapatilhas , rodopiava ao som de "Ai lili, ai lili, ai lô" e eu ficava babando com aquela maravilha
E longe dos olhos de todo mundo, para não parecer invejosa, colocava minha saia mais rodada, e girando, girando e girando , eu cantava "ai lili, ai llii, ai lô ".
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NiceiaK
"Ai lili,
ai lili,
ai lô
Eu vivo a vida cantando
e nestas voltas eu vou
cantando a cançao feliz que diz,
Ai lili, ai lii, ai lô."
Minhas amigas e meus amigos, não pensem que sou tão antiga assim, como esta canção.
Acontece que na pequena cidade, do interior de S. Paulo, Acrópolis, onde nasci e "quase cresci", tudo acontecia muitos anos defasado no tempo.
A televisão já havia sido inventada, mas em Acrópolis , só se ouvia dizer. O sinal nao chegava lá. Era coisa de cidade grande.Tínhamos o rádio, mas só pegava as emissoras da redondeza, que por sua vez, penso eu, comprava antigos programas e repetiam sua transmissão, como se novidades fossem.
Como eu era criança, 5 anos talvez, nem sabia da existência de tempos mais modernos, e para mim estava ótimo.L embro-me desta música, por causa de uma menina, minha vizinha, que fazia ballet.
A roupa dela era feita de papel crepon, bem armada.Usando sapatilhas , rodopiava ao som de "Ai lili, ai lili, ai lô" e eu ficava babando com aquela maravilha
E longe dos olhos de todo mundo, para não parecer invejosa, colocava minha saia mais rodada, e girando, girando e girando , eu cantava "ai lili, ai llii, ai lô ".
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Conto: Medieval Times
Medieval Times- "Missa do Galo "
NiceiaK
Já tinha quase dez anos, quando as "mocinhas" da vizinhança me convidaram pela primeira vez a assistir a "Missa do Galo". Nao entendi nada. O que teria a haver galo com missa?
Passei o dia todo pensando que na hora da missa, que seria a meia noite, no altar junto ao padre, teria um galo e que na hora do padre erguer a hóstia para o sacramento , êle , o galo, iria cantar.
As dez horas da noite, comecei a me arrumar sob a luz de lamparina.
Meu vestido, eu me lembro bem, era lilás, em tecido de algodão, bem macio e nesta meia-luz não tinha muita graça. Coloquei meu único par de sapato, um mocassim branco e assim vestida, não via a hora de ir para a missa.
Juntei-me a minhas amigas e fomos para a missa do galo.
Chegamos muito cedo na igreja o que deu tempo para assistir a chegada dos fiéis , que eu , curiosamente, estudava cada detalhe, cada gesto daquela gente.
Sob a luz elétrica meu vestido ficou lindo. A cor lilás , se tornou luminosa,eu fiquei deslumbrada, me achando linda . Logo, logo a Igreja da Matriz ficou lotada, e o Padre deu início:
"Introibo ad altare dei"
e o coroinha respondia: "ad Dei que letifica juventude mea" "Kyrie eleison"
e por aí ia, toda a missa em latim e grego . Ninguém entendia nada, mas havia uma espiritualidade reinante.
Não havia coral na Igreja, e os cantos eram cantados por nós , assim:
"Louvando a Maria,
de São Gabriel,
ave, ave, ave Maria!
ave, ave, ave, Maria! "
O Sacristão vestido com túnica de cor violeta , passava um saquinho vermelho de veludo, pedindo o dízimo. Os Coroinhas vestidos de túnica branca rendada, , balançando os turibulos, espalhavam um perfumado incenso e estava criada a atmosfera espetacular.
E nada de Galo ou Galinha.
Mais tarde descobri que a Missa do Galo tinha este nome , por causa do primeiro canto do galo que anunciava o nascer do sol.
Essa " missa do galo" é celebrada em Roma, desde o Século V, na Basílica de Santa Maria Maior.
O galo passou a simbolizar a vigilância, fidelidade e testemunho cristão, passando no no século IX , a fazer parte do Campanário das Igrejas.
Saí feliz da Missa do Galo, meio desapontada pela ausência do galo. Percebo que foi aí que comecei a compartilhar o espírito natalino.
NiceiaK
Já tinha quase dez anos, quando as "mocinhas" da vizinhança me convidaram pela primeira vez a assistir a "Missa do Galo". Nao entendi nada. O que teria a haver galo com missa?
Passei o dia todo pensando que na hora da missa, que seria a meia noite, no altar junto ao padre, teria um galo e que na hora do padre erguer a hóstia para o sacramento , êle , o galo, iria cantar.
As dez horas da noite, comecei a me arrumar sob a luz de lamparina.
Meu vestido, eu me lembro bem, era lilás, em tecido de algodão, bem macio e nesta meia-luz não tinha muita graça. Coloquei meu único par de sapato, um mocassim branco e assim vestida, não via a hora de ir para a missa.
Juntei-me a minhas amigas e fomos para a missa do galo.
Chegamos muito cedo na igreja o que deu tempo para assistir a chegada dos fiéis , que eu , curiosamente, estudava cada detalhe, cada gesto daquela gente.
Sob a luz elétrica meu vestido ficou lindo. A cor lilás , se tornou luminosa,eu fiquei deslumbrada, me achando linda . Logo, logo a Igreja da Matriz ficou lotada, e o Padre deu início:
"Introibo ad altare dei"
e o coroinha respondia: "ad Dei que letifica juventude mea" "Kyrie eleison"
e por aí ia, toda a missa em latim e grego . Ninguém entendia nada, mas havia uma espiritualidade reinante.
Não havia coral na Igreja, e os cantos eram cantados por nós , assim:
"Louvando a Maria,
de São Gabriel,
ave, ave, ave Maria!
ave, ave, ave, Maria! "
O Sacristão vestido com túnica de cor violeta , passava um saquinho vermelho de veludo, pedindo o dízimo. Os Coroinhas vestidos de túnica branca rendada, , balançando os turibulos, espalhavam um perfumado incenso e estava criada a atmosfera espetacular.
E nada de Galo ou Galinha.
Mais tarde descobri que a Missa do Galo tinha este nome , por causa do primeiro canto do galo que anunciava o nascer do sol.
Essa " missa do galo" é celebrada em Roma, desde o Século V, na Basílica de Santa Maria Maior.
O galo passou a simbolizar a vigilância, fidelidade e testemunho cristão, passando no no século IX , a fazer parte do Campanário das Igrejas.
Saí feliz da Missa do Galo, meio desapontada pela ausência do galo. Percebo que foi aí que comecei a compartilhar o espírito natalino.
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